"Um dia, um professor comovido falava-me de árvores. Seu avô conhecera Andersen-Andersen, esse pequeno deus que encantou para sempre a infância, todas as infâncias, com suas maravilhosas histórias. Mas, além de conhecer Andersen, o avô deste comovido professor legara a seus descendentes uma recordação extremamente terna: ao sentir que se aproximava o fim de sua vida, pediu que o transportassem aos lugares amados, onde brincara em menino, para abraçar e beijar as árvores daquele mundo antigo--mundo de sonho, pureza, poesia--povoado de crianças, ramos, flores, passáros . . . O professor comovido transportava-se a esse tempo de ternura, pensava neste avô tão sensível, e continuava a participar, com ele, dessa cordialidade geral, desse agradecido amor à sua Natureza que, em silêncio, nos rodeia com a sua proteção, mesmo obscura e enigmática."
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